domingo, 22 de agosto de 2010

capitalismo selvagem? o dia que o mundo nunca mais esqueceu.



Um exemplo clássico da ganância, hipocrisia e mediocridade.
Inúmeras pessoas foram a outra dimensão, sem ao menos entender o por quê. Suas vidas foram destruídas, com a desculpa esdrúxula de propagar a paz mundial. Ou seria apenas para provar a hegemonia do poder sobre URSS? Ou quem sabe a vingança por um ataque a Pearl Harbor?
Vivendo a rotina diária, sonhando com um futuro melhor, acreditando na força de seu país, os japoneses simplesmente se foram. Uma avalanche instantânea de destruição e sofrimento.
Para quê? Apenas para cessar a guerra? NÃO, absolutamente.
Hoje em dia, o EUA é considerado a grande potência mundial, em termos econômicos, mas como pode-se denominar potência, um povo que corrobora com tamanha falta de humanidade?
Falando-se no grande combustível do mundo atual - o dinheiro - isso pode até ser possível, mas se formos considerar os princípios da boa conduta, isso não ocorreria.
Um ataque desta dimensão só prova que AS PESSOAS não são mais prioridade. Podem alegar que foi por um bem mundial, para cessar a segunda guerra mundial, mas o que AQUELAS pessoas tinham com esse conflito? Pagaram caro, simplesmente por sua nacionalidade ser aquela? Ou tiveram suas vidas ceifadas pelo fato da nossa hegemônica "potência" não querer perder seu poder bélico?
Muitas dúvidas pairam, mas uma única certeza prevalece: Não se provoca uma tragédia desta magnitude com impunidade.
Um fato que abalou o mundo. inaceitável, abominável, indescritível.


por: anna paula moura
(homenagem aos japoneses pela enorme perda - lançamento da bomba atômica nas cidades de Hiroshima e Nagazaki)

"Quando a bomba veio vi um clarão amarelo e fiquei rodeada pela escuridão. Um edifício de madeira com dois andares que era a minha casa com oito quartos ficou feito em pedaços e cobriu-me.
Quando vim a mim estava tudo negro como breu à minha volta. Tentei levantar-me mas tinha uma perna partida. Tentei falar mas vi que tinha partido seis dentes. Quando reparei que tinha a cara e as costas queimadas, que tinha um corte que ia do ombro até à cintura, rastejei até à margem do rio e quando lá cheguei vi centenas de corpos a boiar. Foi aí que percebi, chocada, que tinham atingido toda a cidade de Hiroshima.
Encontrei uma fila infindável de refugiados todos sem qualquer peça de roupa no corpo e a pele da cara, dos braços e do peito fora arrancada e estava pendurada e, contudo, eles não tinham qualquer expressão. Fugiam em silêncio profundo. Achei que era uma procissão de fantasmas."
(Relato de um sobrevivente)




Lembro-me de uma frase das escrituras hindus, o Bhagavad Gita. Vishnu está a tentar persuadir o príncipe a fazer o seu dever e para o impressionar assume a sua forma com vários braços e diz: “agora sou a morte, a destruidora dos mundos.”